Alterações Climáticas e Segurança Alimentar

Ver outra temática

A alteração climática e recursos naturais constitui assim um dos temas ou focos em que se concentrará a convenção cidadã, pois faz parte dos fenómenos que podem afetar o bem-estar das pessoas e comunidades em diferentes esferas territoriais. Para o diagnóstico da atuação das Organizações da Sociedade Civil (OSC) relativamente à alterações climáticas foi aplicada uma metodologia de trabalho que integra a identificação das organizações da sociedade civil que atuam na área ambiental e seguida da sua localização. Para tal, foram identificadas oito (8) organizações da sociedade civil que intervêm no domínio ambiental. E dentre eles, cinco (5) têm atuação que cobrem o território nacional, nomeadamente, a Organização para a Defesa e Desenvolvimento das Zonas Húmidas na Guiné-Bissau (ODZH), a Tiniguena, a ONG- Palmeirinha, a AD (Ação para o Desenvolvimento) e a ALTERNAG (Associação guineense Estudos e Alternativas), KAFO (Unidade de Entreajuda Social Enraizada no Território).

 Foram, igualmente, identificadas duas organizações da Sociedade civil como é o caso de ADEMA (Associação para a Defesa do Ambiente) e o NINJON que intervêm no domínio ambiental no Arquipélago Bijagós, sendo que as suas ações se limitam à esfera regional e, em particulares, nas ilhas Bijagós. Para a recolha de informações foi usada a técnica de entrevistas semiestruturadas e análise documental dos documentos técnicos disponíveis ou disponibilizados pelas OSC, além da revisão da literatura especializada nesse domínio (Berks et al, 2006). Foi descrito histórico da evolução do processo conservação do meio ambiente na Guiné-Bissau. 

O surgimento das OSC de carater ambiental é visto como uma evolução positiva em ternos das instituições voltados para a conservação ambiental e do património cultural do país, apesar Estado não conseguiu assumir a dinamização do processo da conservação que poderia contribuir para a redução dos conflitos, a garantia da segurança alimentar, a redução da pobreza, a mitigação do êxodo do rural e das alterações climáticas e destruição dos sistemas naturais florestais. Foi descrito a noção de alterações climáticas, os seus efeitos sobre o clima, recursos naturais e as consequências das ações antrópicas na intensificação das alterações climáticas e na redução dos recursos naturais. 

Neste contexto, os desafios que as OSC do domínio ambiental têm assumido é de fazer com que as comunidades locais e as suas estruturas sociais assumam a responsabilidade de gestão dos recursos naturais para o desenvolvimento sustentável ou durável. Ou seja, para as comunidades locais passaram a olhar doutra forma os seus territórios e construir a partir dos seus ativos territoriais os caminhos para uso durável dos seus patrimónios natural, cultural e desenvolverem as suas capacidades no exercício da cidadania ambiental. Nisso pode-se concluir que as OSC estão a contribuir na construção dos pilares do desenvolvimento sustentável, apesar das dificuldades que enfrentam. 

Linha de tempo
  • Antes dos anos 80

    Criação de várias Direções Gerais, Secretarias de Estado e Centros de Investigação relevantes para os recursos naturais

  • Nos anos 80
  • Nos anos 90

    Assinatura da Convenção RAMSAR

    Assinatura da Convenção sobre a Biodiversidade e da Convenção sobre o Clima

  • Nos anos 2000

    Criação do IBAP e da Autoridade de Avaliação Ambiental Competente

  • 2010
  • 2011
  • 2012
  • 2013
  • 2014
  • 2015
  • 2016
  • 2017
  • 2018
  • 2019
  • 2020
  • 2022
  • 2024